O Altice Arena abriu as portas por volta das 16h00 desta segunda feira para mais uma Web Summit e, como em muitas outras edições, só mesmo os menos avisados não sabiam que haveriam de esperar duas horas para o primeiro grande momento da tarde: a consagração de Katherine Maher como diretora-executiva do evento, já depois de um desfile de várias startups e gravações com as participações de Magrethe Vestager, comissária da União Europeia para a Concorrência, Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, e do cientista Stephen Hawkins, de Web Summits do passado. Ainda houve quem desse mostras de impaciência, mas sempre foi assim. E quando chegou ao palco principal, a nova diretora não se coibiu de lembrar que há mais coisas que pretende que continuem como sempre foram: “Se não tivermos direito à liberdade de expressão e debate, estes palcos ficam vazios”, alertou.
A frase não passou em branco na assistência – e tinha como destinatários mais ou menos velados o Governo de Israel, Alphabet (Google), Amazon, Meta (Facebook), Siemens ou IBM, que se retiraram do evento na sequência declarações polémicas do antecessor de Maher, Paddy Cosgrave, que ainda detém mais de 80% da empresa que gere aquele que é o maior evento de inovação e empreendedorismo da Europa e que acabou por se demitir a meio de outubro, na sequência do boicote que o Governo de Telavive e as grandes tecnológicas moveram ao evento devido a declarações que apontavam limites à ação bélica do exército israelita na Faixa de Gaza.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: senecahugo@gmail.com