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"Fintech" sueca Klarna apresenta primeiro lucro em quatro anos (e evita uma greve)

"Fintech" sueca Klarna apresenta primeiro lucro em quatro anos (e evita uma greve)

A Klarna voltou aos lucros no terceiro trimestre de 2023 e comunicou ao mercado o início do processo de entrada em bolsa. A fintech sueca também anunciou esta segunda-feira a assinatura de um contrato coletivo de trabalho, evitando uma greve

A Klarna, empresa sueca de serviços financeiros de base tecnológica (fintech), apresentou esta segunda-feira, 6 de novembro, o primeiro lucro trimestral desde 2019, tendo fechado o terceiro trimestre com ganhos de 90 milhões de coroas suecas (cerca de 7,7 milhões de euros ao câmbio atual). As receitas subiram 30% para os 6 mil milhões de coroas (514 milhões de euros).

A empresa, que se especializou na concessão de crédito, permitindo aos consumidores pagar pequenas compras em três prestações sem custos, anunciou igualmente que deu “um primeiro passo rumo a uma possível entrada em bolsa” ao criar uma empresa-veículo sediada no Reino Unido, segundo o Financial Times.

A Klarna reportara, no trimestre homólogo, um prejuízo de 2,1 mil milhões de coroas suecas (180 milhões de euros).

Em 2022, a Klarna reportou perdas de 900 milhões de euros - as maiores desde 2005, ano da fundação - e perdas de crédito de 491 milhões de euros.

As soluções de pagamento da Klarna, que permitem o pagamento de pequenas compras a prestações, popularizaram-se durante a pandemia, altura de forte subida do consumo online, alicerçado pelas poupanças angariadas durante semanas de confinamento.

Mais tarde, com a diminuição desse dinheiro disponível e a inflação e consequente perda de poder de compra dos consumidores, a fintech registou uma diminuição da atividade e aumento do malparado, o que teve como resultado uma revisão em forte baixa do seu valor de mercado, de 43 mil milhões de euros em 2021 para 6,2 mil milhões de euros na mais recente ronda de financiamento, em 2022.

No terceiro trimestre de 2023, as perdas relacionadas com concessão de crédito caíram para metade, para os 800 milhões de coroas (69 milhões de euros).

A Klarna, entretanto, evitou uma greve dos trabalhadores ao incluir todo o seu quadro de pessoal no contrato coletivo de trabalho sueco para o setor da banca, de acordo com a página especializada TechCrunch. Na ausência de qualquer acordo, a greve começaria na próxima semana.

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