O programa de videoconferência Teams vai deixar de fazer parte do pacote de aplicações Office, da Microsoft, a partir do dia 1 de outubro, na União Europeia e na Suíça, de forma a evitar uma multa da União Europeia por práticas anticoncorrenciais.
Segundo a Reuters, em notícia desta quinta-feira, 31 de agosto, a retirada do programa de videoconferências do Microsoft Office deverá ser uma medida para evitar uma multa da Comissão Europeia, a investigar a tecnológica norte-americana há um mês na sequência de queixas de empresas concorrentes.
“Anunciamos hoje proativamente alterações que, esperamos, começarão a abordar estas preocupações de forma significativa, mesmo durante a investigação da Comissão Europeia, com a qual estamos a colaborar ”, escreveu Nanna-Louise Linde, vice-presidente para os assuntos de governança europeia da Microsoft.
Empresas como a Salesforce (dona da aplicação Slack, que apresentou uma queixa formal em 2020) alegam que oferecer o Teams no “pacote” de aplicações Microsoft Office é uma prática anticoncorrencial.
A Microsoft já propusera à Comissão Europeia remédios para contornar um eventual processo, que foram tidos como insuficientes por Bruxelas. A Comissão Europeia, depois de iniciada a investigação, poderia acusar formalmente a Microsoft no último trimestre do ano.
O Microsoft Office é um conjunto de programas que inclui aplicações de processamento de texto, criação de apresentações, entre outras. O Teams, que substituiu o Skype for Business em 2017, era oferecido gratuitamente no Office.
A autoridade responsável pela concorrência da União Europeia e a Salesforce não quiseram comentar à Reuters o anúncio da Microsoft.
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