O Spotify aumentou os prejuízos no segundo trimestre de 2023 para os 302 milhões de euros, face a 125 milhões de euros de perdas em igual período de 2022, devido ao impacto nas contas da reestruturação interna da empresa sueca de streaming de música.
No total do primeiro semestre o Spotify acumulou um resultado líquido negativo de 527 milhões de euros, que compara com um lucro de 6 milhões de euros na primeira metade de 2022.
Segundo o comunicado divulgado esta terça-feira, 25 de julho, o resultado operacional do Spotify foi negativo em 247 milhões de euros, agravando-se face aos 156 milhões de euros do trimestre anterior, e em relação aos 194 milhões de euros do segundo trimestre de 2022.
As receitas cresceram 11% em relação ao segundo trimestre do ano passado, para 3177 milhões de euros.
O número de utilizadores mensais ativos cresceu 27% para os 551 milhões; ao passo que o número de utilizadores com subscrição (utilizadores premium) aumentou 17% em comparação com o trimestre homólogo, para os 220 milhões.
Este aumento, que se traduz numa subida líquida de 36 milhões de utilizadores, é o maior aumento trimestral na história do Spotify, empresa fundada em 2006, vinca o comunicado. A empresa sueca previa que no trimestre o número de utilizadores ativos mensais crescesse apenas 21 milhões.
O número de assinantes teve um aumento líquido de 10 milhões, para os 220 milhões, o melhor segundo trimestre de sempre do Spotify neste critério.
Porém, apesar destas melhorias na base de clientes, a empresa não conseguiu evitar o crescimento das perdas operacionais devido “a custos relacionados com as medidas para racionalizar as operações e reduzir custos”, segundo o comunicado.
Sem este impacto negativo, o prejuízo operacional teria sido de 112 milhões de euros, conseguido graças à redução no investimento em marketing, explica a empresa.
A Spotify despediu no início do ano 600 trabalhadores no âmbito de um processo de reestruturação forçado, segundo os gestores da plataforma, pela quebra do investimento publicitário. Recentemente tem vindo a aumentar os preços das assinaturas, subidas que já chegaram a Portugal.
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