Entre abril e junho, foram vendidas mais 15,5% de habitações do que no mesmo período de 2024. O valor destas transações superou, pela segunda vez, os 10 mil milhões de euros num só trimestre e regista-se um crescimento acentuado da procura de casa por cidadãos com domicílio fiscal no país
Jornalista
Os preços de aquisição de habitação em Portugal registam um valor recorde, com uma subida de cerca de 17% entre abril e junho deste ano face ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, o número de habitações transacionadas não abrandam, com um aumento de 15,5% face ao segundo trimestre de 2024.
O aumento foi generalizado, com os preços das habitações existentes e das novas a registarem crescimentos recordes no segundo trimestre deste ano. No primeiro caso, subiram 18,3%, enquanto no segundo 14,5%.
Face aos primeiros três meses do ano, a subida dos preços é de 4,7%, altura em que os valores registavam um aumento de cerca de 16% face ao período homólogo de 2024.
Este crescimento é acompanhado por um maior volume de habitações transacionadas, quase 43 mil, o que corresponde a um aumento de 15,5% face ao mesmo período de 2024. Um ligeiro abrandamento após a subida de 25% das transações no primeiro trimestre deste ano.
A maioria destas casas foram adquiridas por compradores com domicílio fiscal no país, cerca de 40 mil, o que fixou a procura nacional com um crescimento de 17,7% face ao segundo trimestre de 2024. Este é um máximo em quatro anos, apenas nos primeiros três meses de 2021 se registou um valor mais elevado, 43.607 habitações.
Enquanto os compradores com domicílio fiscal fora do país adquiriram 2.107 casas. Uma redução de 14,5% face ao período homólogo, após um ligeiro crescimento de 1,5% no primeiro trimestre deste ano.
O valor destas transações atingiu 10,3 mil milhões de euros, mais 30,4% do que no período homólogo de 2024. É apenas a segunda vez que o mercado ultrapassa a fasquia dos 10 mil milhões de euros de valor das habitações vendidas num só trimestre. A primeira aconteceu no quarto trimestre do ano passado, quando atingiu 10,2 mil milhões de euros.
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