Imobiliário

Estrangeiros estão a comprar menos casas em Lisboa

Estrangeiros estão a comprar menos casas em Lisboa
Tiago Pereira dos Santos

Franceses e norte-americanos são os que mais compram. Estrangeiros em geral compraram 770 casas em Lisboa nos primeiros seis meses do ano, uma quebra homóloga de 19%

Estrangeiros estão a comprar menos casas em Lisboa

Vítor Andrade

Coordenador de Economia

Cidadãos estrangeiros de 58 nacionalidades compraram 770 casas na cidade de Lisboa, durante os primeiros seis meses de 2023, perfazendo 442,9 milhões de euros.

Esta atividade traduz, de acordo com a base de dados Confidencial Imobiliário, uma quebra semestral homologa de 19% em número de imóveis e de 18% em montante.

58 nacionalidades compram casa em Lisboa

Entre as 58 nacionalidades estrangeiras ativas na compra de casa no primeiro semestre, foram os franceses e os norte-americanos que mais se distinguiram, segundo a Confidencial Imobiliário (CI), tendo sido responsáveis, cada uma daquelas nacionalidade, por 10% do número de imóveis adquiridos por internacionais. Seguem-se os britânicos, com uma quota de 6%, chineses, com 5%, brasileiros e italianos (quotas de 3% cada).

Os dados, divulgados esta terça-feira, no âmbito da análise às dinâmicas de investimento imobiliário na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU) de Lisboa – que equivale à zona mais central da cidade -, foram apurados com base nos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa.

A ARU de Lisboa abrange todas as freguesias da cidade à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações.

Portugueses também estão a comprar menos

Mas a quebra na compra de casas não foi exclusiva de cidadãos estrangeiros. A CI nota que essa tendência se observou igualmente entre os portugueses. No primeiro semestre, os compradores nacionais adquiriram 1.630 imóveis residenciais neste território, no total de 673,1 milhões de euros, traduzindo quebras semestrais de 22% e 13%, respetivamente.

Em termos geográficos, e ainda segundo a análise da CI, tem crescido o interesse dos estrangeiros por freguesias fora do centro histórico. “As freguesias onde o número de transações internacionais mais cresceu foram territórios mais afastados do casco histórico e central, casos de Benfica e São Domingos de Benfica, Campolide, bem como Alcântara, Areeiro e Alvalade”.

Estrela e Arroios são as freguesias mais procuradas

A análise da CI conclui ainda que “sem prejuízo de continuarem a agregar entre 1% a 2% das compras internacionais, a maioria destas freguesias registaram crescimentos semestrais superiores a 50%. De qualquer forma no 1º semestre, Estrela e Arroios (quotas de 13%, cerca de 100 unidades) foram as freguesias onde os estrangeiros mais compraram, superando Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, com cerca de 80 operações cada (quotas de 10%)”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: VAndrade@expresso.impresa.pt

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