Imobiliário

Governo identificou 86 mil famílias com carência habitacional e vai entregar 2900 casas até final do ano

Governo identificou 86 mil famílias com carência habitacional e vai entregar 2900 casas até final do ano

Sobre a atualização das rendas, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, em entrevista à RTP, nada adiantou, dizendo apenas que irá voltar a reunir com os inquilinos e os proprietários para “encontrar um equilíbrio”

Governo identificou 86 mil famílias com carência habitacional e vai entregar 2900 casas até final do ano

Vítor Andrade

Coordenador de Economia

O Governo identificou, até agora, 86 mil famílias com “indignidade habitacional”, um número substancialmente superior ao que tinha sido rastreado em 2018, e que apontava para 26 mil famílias.

Aquele valor foi adiantado por Marina Gonçalves, ministra da Habitação, na entrevista que deu esta quarta-feira à RTP, onde também mencionou que, até ao final deste ano, o Governo irá entregar 2900 casas às famílias mais carenciadas.

Por outro lado, a ministra referiu ainda que foram catalogados 10 mil edifícios públicos para serem intervencionados e adaptados para fins habitacionais.

Sobre a atualização das rendas para 2024, Marina Gonçalves nada adiantou, dizendo apenas que nas próximas semanas vai ter novas reuniões com as associações que representam os inquilinos e os proprietários para tentar encontrar um “equilíbrio entre as partes”, de forma que se possa proceder a uma “repartição do esforço” de atualização das rendas. “Qualquer coisa que agora dissesse seria especulativo”, referiu ainda a ministra da Habitação.

A atualização das rendas, que este ano ficou limitada a 2%, terá de ser decidida até ao final de outubro, para entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2024.

A propósito da polémica que se gerou em torno da Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local, que consta do pacote Mais Habitação, recentemente promulgado pelo Presidente da República (depois de ter sido vetado, na primeira vez que foi enviado a Belém), Marina Gonçalves apenas confirmou a sua importância para o sector do arrendamento. No entanto, disse ainda que “não foi o Alojamento Local que provou o problema que hoje existe na habitação”.

Sobre o fim do Estatuto de Residente Não Habitual, já mencionado pelo primeiro-ministro António Costa na passada segunda-feira, numa entrevista à TVI, Marina Gonçalves limitou-se a dizer que “foi importante, teve o seu espaço, e agora vai ter de mudar”.

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