Julho de 2018. Portugal ainda queimava carvão para produzir eletricidade e a capacidade fotovoltaica existente no país era uma sombra do que é hoje. Estava apenas a começar o entusiasmo em torno do hidrogénio verde, um gás obtido a partir da eletrólise da água, com eletricidade de origem renovável. O hidrogénio verde apresentava-se como potencial solução de descarbonização de alguns consumos de energia. “A revolução do hidrogénio verde começou e não irá parar”, lia-se no título de um artigo então publicado no site do Fórum Económico Mundial. Nesse mesmo mês era constituída em Sintra, com um capital de apenas mil euros, a Fusion Welcome Fuel, fundada por Pedro Falcão e Cunha e Jaime Silva, gestores que anos antes haviam apostado num outro negócio de energia, a Magpower, que deixara um rasto de ações judiciais. A nova empresa viria a afirmar-se como uma promessa nacional do hidrogénio verde, assegurando largos milhões de euros de apoios públicos (e de investidores privados).
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