A EDP firmou com a norte-americana Microsoft um contrato de longo prazo de venda de energia solar, para escoar a eletricidade de até 200 megawatts (MW) de potência fotovoltaica que a EDP está a desenvolver em Singapura.
Trata-se de um dos maiores contratos de fornecimento de energia de longo prazo (PPA, na sigla em inglês para power purchase agreement) já celebrados pela elétrica portuguesa, que nos últimos anos tem anunciado vários contratos deste género com outros compradores do setor tecnológico, incluindo a também norte-americana Google.
Num comunicado divulgado esta segunda-feira explica que o contrato com a Microsoft abrangerá a energia da fase 8 do programa SolarNova, que consiste na instalação de até 200 MW de potência em painéis solares em mais de mil edifícios de habitação e numa centena de edifícios governamentais em Singapura.
Os painéis solares serão instalados entre este ano e 2027. O contrato com a Microsoft terá uma duração de 20 anos.
É, aliás, o maior projeto solar que a EDP tem em curso neste mercado asiático, que se tornou uma das plataformas principais da expansão internacional do grupo na área das energias renováveis. A EDP continua a ter como grandes motores de crescimento a Europa e a América do Norte (sobretudo os Estados Unidos da América), mas parte importante do seu negócio está também na América do Sul (em especial no Brasil). A Ásia tornou-se uma das plataformas estratégicas de expansão com a aquisição da Sunseap, de Singapura.
“Estamos a reforçar a colaboração global da EDP com a Microsoft através deste projeto e, juntos, estamos a dar um passo no sentido de alcançar os objetivos de sustentabilidade de Singapura de alcançar pelo menos 2 gigawatts (GW) de energia solar até 2030. O contrato com a Microsoft é um catalisador para acelerar a transição energética e para continuar a investir na região”, declarou, citado em comunicado, o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell de Andrade.
No comunicado que a EDP enviou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a elétrica sublinha que “continua a reforçar o seu perfil de baixo risco e a estratégia de crescimento baseada no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo prazo”.
Boa parte do investimento da elétrica tem sido canalizado para novos projetos de energia solar e eólica, alguns dos quais vão sendo vendidos a terceiros, ficando outros no balanço do grupo, que procura reduzir o risco através da celebração de PPA, os tais contratos de longo prazo, que garantem compradores da energia durante vários anos.
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