Lucro da EDP Renováveis até junho dispara 163%, para €210 milhões

A EDP Renováveis fechou o primeiro semestre com um lucro de 210 milhões de euros, mais 163% do que no período homólogo, revelou a empresa do grupo EDP em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Numa base recorrente, expurgando efeitos extraordinários, o lucro da EDP Renováveis teria subido 107%, de 102 milhões de euros no primeiro semestre de 2023, para 210 milhões em 2024.

As receitas da empresa de energias limpas recuaram 1%, para 1209 milhões de euros, mas também os custos operacionais encolheram 1%, para 509 milhões de euros. Mas o semestre foi marcado por ganhos com a venda de ativos no valor de 171 milhões de euros.

Assim, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 27%, para 960 milhões de euros.

Apesar de os ganhos na rotação de ativos terem permitido ao grupo impulsionar o seu resultado no primeiro semestre, este foi afetado por um impacto negativo de 46 milhões de euros ligado aos projetos em desenvolvimento na Colômbia, onde a EDP Renováveis está a construir 504 megawatts (MW) eólicos, num empreendimento que tem enfrentado sucessivos atrasos.

A dívida líquida da EDP Renováveis em junho ascendia a 7,54 mil milhões de euros, o que compara com 5,8 mil milhões no final do ano passado.

No final de junho a EDP Renováveis tinha uma capacidade instalada de 16.611 megawatts (MW), com uma carteira de projetos em construção que somava 4468 MW.

Dos projetos em operação, 52% estão na América do Norte e 35% na Europa, com a restante capacidade a distribuir-se pela América do Sul e pela região da Ásia e Pacífico.

De acordo com a EDP Renováveis, 76% da potência operacional é em eólicas em terra, 23% em capacidade solar e 1% em eólicas no mar.