Energia

Produção petrolífera da Galp no primeiro trimestre recua 4%

Plataforma flutuante da Galp no campo Lula, no Brasil.
Plataforma flutuante da Galp no campo Lula, no Brasil.

A produção de petróleo e gás da Galp nos primeiros três meses do ano baixou, mas a sua atividade de refinação cresceu a dois dígitos, com a margem de refinação a quase duplicar face ao último trimestre de 2023

Produção petrolífera da Galp no primeiro trimestre recua 4%

Miguel Prado

Editor de Economia

A Galp teve no primeiro trimestre, em termos líquidos, uma produção de petróleo e gás de 115 mil barris equivalentes de petróleo por dia, menos 4% do que o registo dos primeiros três meses do ano passado.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), reportando os dados operacionais do arranque do ano, a Galp indica ainda que a queda da produção face ao último trimestre de 2023 foi maior, de 9%.

A maior parte da produção continuou a vir do Brasil, com 110 mil barris diários (em termos brutos), tendo Moçambique sido responsável por outros 9 mil barris.

Os dados operacionais (publicados duas semanas antes da apresentação das contas do primeiro trimestre, que está agendada para 30 de abril) revelam também que na área da refinação a Galp processou 22,5 milhões de toneladas entre janeiro e março, mais 15% em termos homólogos e mais 46% em relação aos últimos três meses de 2023 (marcados por uma paragem para manutenção da refinaria de Sines).

A margem de refinação da Galp cifrou-se em 12 dólares por barril, valor que traduz uma queda de 16% em relação aos 14,3 dólares do primeiro trimestre de 2023, mas que quase duplica os 6,1 dólares do trimestre anterior.

O fornecimento de produtos petrolíferos do grupo Galp ascendeu a 3,7 milhões de toneladas, crescendo 3% em termos homólogos e 10% em cadeia. Também a transação de gás natural no mercado internacional apresentou crescimentos de 8% face ao primeiro trimestre do ano passado e 24% em relação ao trimestre anterior.

No negócio das renováveis, a capacidade instalada permaneceu estável, na casa dos 1,4 gigawatts (GW), com uma produção de 404 gigawatts hora (GWh) no primeiro trimestre, caindo 10% relativamente a igual período de 2023, mas subindo 14% em relação ao último trimestre de 2024. Contudo, o preço médio de venda, de 56 euros por megawatt hora (MWh) caiu em ambas as bases de comparação: 48% em termos homólogos e 33% em cadeia.

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