Energia

Renováveis abasteceram 87% do consumo de eletricidade em Portugal em novembro

Foto: Getty Images
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A produção renovável abasteceu 87% do consumo de eletricidade do país em novembro, o segundo registo mais alto do ano, revelou a REN. No mês passado Portugal teve até um saldo ligeiramente exportador em relação a Espanha

Renováveis abasteceram 87% do consumo de eletricidade em Portugal em novembro

Miguel Prado

Editor de Economia

A produção de eletricidade renovável abasteceu 87% do consumo elétrico nacional em novembro, acima dos cerca de 67% registados em outubro, de acordo com os mais recentes dados da REN - Redes Energéticas Nacionais.

O contributo das renováveis foi o segundo mais alto do ano, apenas atrás dos 88% de janeiro, de acordo com a informação disponível na plataforma REN Datahub.

Em novembro os restantes 13% do abastecimento de eletricidade do país vieram de produção não renovável, designadamente centrais a gás natural. No mês passado o saldo de trocas com Espanha foi ligeiramente exportador, segundo a REN.

Recorde-se que a eletricidade no mercado ibérico teve em novembro o preço médio mais baixo em quase três anos, conforme o Expresso escreveu na semana passada, o que refletiu a abundante produção eólica e hídrica.

Segundo a REN, em novembro o índice de produtibilidade hídrica foi mais do dobro da média histórica, atingindo o terceiro valor mais elevado nos registos da REN para um mês de novembro desde 1971. E a 5 de novembro houve um novo máximo histórico de potência hídrica injetada na rede (6719 megawatts). Na energia eólica a produção esteve 4% acima da média para novembro.

Nos valores acumulados dos primeiros 11 meses do ano, as renováveis abasteceram 59% do consumo de eletricidade do país, e o resto foi repartido de forma similar entre a produção das centrais a gás e a importação de Espanha.

O consumo de eletricidade em novembro subiu 3,5% em termos homólogos (ou 3,3% com a correção do efeito de variação de temperatura e dias úteis), enquanto no acumulado de janeiro a novembro o consumo avançou 0,2% (ou 0,1% com a correção dos efeitos referidos).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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