Energia

Central solar no distrito de Viseu vai alimentar centros de dados da Equinix, já a pensar em projetos de expansão

Foto: Getty Images
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Com um centro de dados em Lisboa, mas também com planos para se expandir, a Equinix estabeleceu um contrato de aquisição de energia com uma central solar que deverá entrar em operação em 2025 em Tarouca, distrito de Viseu

Central solar no distrito de Viseu vai alimentar centros de dados da Equinix, já a pensar em projetos de expansão

Miguel Prado

Editor de Economia

A Equinix, empresa norte-americana que opera centros de dados, incluindo um em Lisboa, assinou um contrato de aquisição de energia (PPA, ou power purchase agreement) com a empresa de energias renováveis Sonnedix, para ser abastecida com a energia de uma central solar de larga escala que será construída no município de Tarouca, distrito de Viseu, com uma potência de 149 megawatts (MW).

Trata-se do maior projeto solar fotovoltaico da Sonnedix na Europa e do primeiro investimento solar desta empresa em Portugal. A central deverá ficar operacional em julho de 2025, segundo um comunicado da Equinix divulgado esta terça-feira.

Com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica nos seus centros de dados até 2030, a Equinix tem estado à procura de projetos renováveis em vários países para alimentar os seus consumos com energia verde.

O centro de dados de Lisboa, com cerca de 1500 metros quadrados e mais de 70 clientes, já trabalha com eletricidade 100% renovável, devendo o novo PPA com a Sonnedix, relativo à central solar de Tarouca, contribuir para o abastecimento da Equinix em função dos seus planos de expansão em Portugal.

Em junho deste ano a infraestrutura da Equinix em Lisboa sofreu um incidente, que provocou falhas momentâneas nos serviços de telecomunicações das operadoras Vodafone, Meo e NOS.

Já este ano, em fevereiro, a Equinix havia firmado seis PPA em Espanha para uma capacidade de 346 MW e em novembro estabeleceu outro contrato na Suécia para 15 MW.

Os centros de dados são um consumidor intensivo de eletricidade e as exigências de muitas empresas de terem uma cadeia de fornecedores (incluindo as empresas de centros de dados) vinculada a consumos energéticos sustentáveis deverá alimentar nos próximos anos uma procura crescente por projetos de energia renovável.

Foi também essa uma das razões que levaram a Start Campus a escolher Sines para a instalação de um centro de dados, cuja construção já arrancou, num investimento global de 3,5 mil milhões de euros, e cujo projeto prevê que parte do fornecimento de energia venha de um conjunto de centrais solares em Sines e Santiago do Cacém.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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