As fontes renováveis abasteceram 67% do consumo de eletricidade do país em outubro, informou esta sexta-feira a REN - Redes Energéticas Nacionais em comunicado. A produção não renovável contribuiu com 17% e as importações de Espanha com os restantes 16%.
De acordo com a REN, o consumo de eletricidade em outubro subiu 3,1% face ao mesmo mês do ano passado, ou 2,1% com a correção dos efeitos de temperatura e dias úteis.
A energia hidroelétrica teve um índice de produtibilidade 75% acima da média histórica, ao passo que a energia eólica teve um registo 22% acima da sua média. Houve, nota a REN, novos máximos históricos de potência eólica entregue à rede e de produção diária, conforme o Expresso revelou a 22 de outubro.
Já na energia fotovoltaica, o índice de produtibilidade ficou-se pelos 0,84, ou seja, 16% abaixo da média.
Considerando o total dos primeiros 10 meses do ano, a produção renovável abasteceu 56% do consumo, repartida pela eólica com 24%, hidroelétrica com 18%, fotovoltaica com 8% e biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 21% do consumo enquanto os restantes 23% corresponderam a eletricidade importada.
“Nos primeiros dez meses o consumo está praticamente em linha com o registado no mesmo período do ano anterior, com uma descida de 0,1% (menos 0,2% com correção da temperatura e dias úteis)”, refere a REN.
Consumo de gás no nível mais baixo desde 2006
No mercado de gás natural, manteve-se a tendência de redução do consumo, com uma descida de 27% em outubro, em termos homólogos, informou a REN.
O consumo de gás para a produção de eletricidade caiu 50%, devido à elevada disponibilidade de fontes renováveis, ao passo que o segmento convencional (abastecimento de gás às empresas e famílias) teve uma descida de 6%.
“De janeiro a outubro, o consumo de gás natural registou uma descida homóloga de 20%, com menos 39% no segmento de produção de energia elétrica e de menos 4,3% no segmento convencional. Este consumo global de gás é o mais baixo desde 2006”, explica a REN.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt