O resultado líquido ajustado da multinacional petrolífera BP nos primeiros nove meses do ano caiu 53% face ao ano passado, para 10,8 mil milhões de dólares (10,2 mil milhões de euros ao câmbio atual), revelou esta terça-feira a BP em comunicado ao mercado.
No terceiro trimestre, o resultado ajustado (que exclui o efeito de variações de stock e outros impactos não recorrentes) cifrou-se em 3,3 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros), representando uma queda de quase 60% em termos homólogos.
A BP justifica esta evolução no resultado do terceiro trimestre com preços mais baixos de petróleo e gás do que no ano passado e um resultado mais fraco na atividade de trading (compra e venda) de gás natural. No conjunto dos nove meses a queda do lucro resultou ainda de alterações no portefólio de negócios do grupo e um pior desempenho na refinação.
No entanto, a BP salienta também a melhoria do resultado face ao segundo trimestre, no qual tinha tido um lucro de 2,6 mil milhões de dólares (2,45 mil milhões de euros), beneficiando de uma melhoria das margens de refinação, e um melhor resultado no trading de petróleo, além de a produção de petróleo e gás do grupo também ter crescido.
O resultado líquido contabilístico no terceiro trimestre foi de 4,9 mil milhões de dólares (face a um prejuízo de 2,2 mil milhões de dólares no ano passado), e no período de janeiro a setembro ascendeu a 14,9 mil milhões de dólares, comparando com perdas de 13,3 mil milhões de dólares no mesmo período de 2022.
No seu comentário aos resultados, a administradora financeira da BP, Kate Thomson, sublinhou a redução de dívida do grupo no terceiro trimestre. “Estamos a investir com disciplina”, frisou a gestora, salientando o compromisso com os acionistas, ao anunciar um pacote adicional de recompras de ações avaliado em 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).
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