As fontes renováveis de energia forneceram 88% do consumo elétrico de janeiro em Portugal, graças a condições meteorológicas que permitiram maior geração hídrica e eólica, segundo dados da Redes Energéticas Nacionais (REN), a gestora da rede elétrica portuguesa, divulgados esta quarta-feira, 1 de fevereiro.
Num mês de aumento homólogo do consumo de energia elétrica na ordem dos 4,1% - “que se reduz ligeiramente para 3,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”, ressalva a REN - a geração hídrica representou mais de metade da produção total de eletricidade, com uma quota de 51%, num mês com forte precipitação. A eólica veio em segundo lugar, com uma quota de 28%, seguida da biomassa (5%) e fotovoltaica (4%).
Os índices de produtividade foram “elevados”, segundo o comunicado da REN, “em particular na hídrica com 1,53 (média histórica igual a 1), mas também na fotovoltaica com 1,18 e na eólica com 1,02.”
Os restantes 12% foram garantidos pelas energias não renováveis, nomeadamente através de centrais a gás natural.
“Como resultado das condições verificadas, mas também do aumento da potência renovável instalada nas várias tecnologias, atingiram-se estes mês novos máximos históricos nos valores instantâneos injetadas na rede, tanto na produção hídrica como na fotovoltaica, que atinge já pontas diárias da ordem dos 1400 megawatts. No caso da produção hídrica registou-se mesmo o valor mensal mais elevado de sempre”, acrescenta a REN.
Já no que toca ao mercado de gás natural, “o consumo registou uma contração homóloga de 30%, devido fundamentalmente ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que caiu 64%, resultado da elevada disponibilidade de energia renovável, ao contrário do que tinha acontecido no mesmo período do ano anterior”.
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