Foi um dia praticamente sempre a perder – e a intensificar as perdas ao longo das horas. Foi assim o progresso da Bolsa de Lisboa esta terça-feira, a acompanhar a evolução da situação política no país, primeiro com a detenção do chefe de gabinete do primeiro-ministro, depois com a constituição de arguido do ministro das Infraestruturas e, por fim, com a demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro.
O PSI, o índice que é a principal montra do mercado bolsista português, encerrou a sessão a recuar 2,54% face a segunda-feira, posicionando nos 6227,35 pontos. É um novo deslize, depois de uma altura em que o PSI andou a negociar em torno dos valores mais altos desde 2014. O dia já tinha amanhecido negativo no PSI, mas as quedas intensificaram-se ao longo da tarde, quando já havia confirmação da Procuradoria-Geral da República de um inquérito autónomo a suspeitas em torno de António Costa, e depois com a conferência de imprensa em que o primeiro-ministro anunciou a sua saída de funções.
É uma desvalorização mais expressiva do que a que se sentiu noutros mercados europeus, em que as quedas registadas foram menos intensas (como o francês CAC-40, que perdeu 0,39% do valor face ao encerramento anterior, ou o inglês FSTE 100, que cedeu apenas 0,1%), e em que houve mesmo fechos positivos (o irlandês ISEQ-20 somou 0,35%).
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