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Ouro em novo máximo com mercado a antecipar descida dos juros nos EUA em breve

Ouro em novo máximo com mercado a antecipar descida dos juros nos EUA em breve
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O ouro atingiu no início da manhã desta segunda-feira novo máximo durante a negociação, ao tocar nos 2265,73 dólares, uma valorização de 1,6% em relação ao fecho de quinta-feira

O preço da onça de ouro atingiu esta segunda-feira, 1 de abril, um novo máximo histórico de mais de 2265 dólares, com o mercado a antecipar uma queda em breve das taxas de juro Estados Unidos, referem especialistas citados pela Efe.

Às 10h05 em Lisboa, a onça de ouro (pouco mais de 31 gramas) estava a ser negociada a cerca de 2258 dólares (cerca de 2092 euros), a registar uma subida de 1,26%.

No início da manhã desta segunda-feira atingiu novo máximo durante a negociação, ao bater 2265,73 dólares, ou seja, uma valorização de 1,6% em relação ao fecho da passada quinta-feira, quando terminou o dia em alta, a 2229,87 dólares.

Para o especialista do IG, Sergio Ávila, citado pela Efe, "este rally sem precedentes - no ouro - foi impulsionado por dados de inflação dos EUA mais suaves do que o esperado, que reforçaram as expectativas de que a Reserva Federal dos EUA (Fed) poderá começar a cortar as taxas de juro já em junho".

Na sua opinião, a descida das taxas de juro deve-se ao facto de a inflação no consumidor ter abrandado uma décima de ponto percentual em fevereiro em relação ao mês anterior, subindo apenas 0,3%, o que representa "uma desaceleração significativa em relação ao aumento de 0,4% revisto em alta em janeiro" e que "fornece mais provas de uma inflação controlada, reforçando a posição da Fed de manter uma política monetária prudente".

Embora o presidente da Fed, Jerome Powell, tenha reiterado em várias ocasiões que o banco central não tem pressa em cortar as taxas de juro, "os mercados foram rápidos a ajustar as suas projeções e veem agora uma probabilidade de quase 70% de que a Fed comece a cortar as taxas em junho, com uma redução total de 75 pontos base prevista para este ano".

Assim, Sérgio Ávila comentou que "as taxas de juro mais baixas proporcionam um ambiente favorável ao ouro, uma vez que reduzem o custo de oportunidade de deter ouro, aumentando a sua atratividade como ativo de investimento".

O responsável salientou ainda que "as ações das empresas mineiras de ouro poderão beneficiar de um ambiente de preços mais elevados para o metal amarelo" e acrescentou que "o primeiro suporte relevante - nível de preço que trava as vendas - está nos 2187 dólares", enquanto o nível de resistência - nível de preço que limita a subida - "está nos 2312 dólares, um nível que deverá ser procurado nas próximas sessões".

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