Distribuição

Jerónimo Martins prevê que operação na Colômbia signifique 20% das vendas do grupo em dez anos

Os trabalhadores da ARA na inauguração da loja mil, em Cartagena, na Colômbia
Os trabalhadores da ARA na inauguração da loja mil, em Cartagena, na Colômbia

A Jerónimo Martins estima que o negócio colombiano represente 20% das vendas da empresa até 2033. A retalhista quer fechar o corrente ano com 1300 lojas no país latino-americano

A Jerónimo Martins antecipa que os supermercados Ara, que opera na Colômbia, representem 20% das vendas totais do grupo em 2033, quando hoje já significam cerca de 8% das receitas.

Numa atualização enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no ano em que celebra o 10.º aniversário da entrada na Colômbia, a Jerónimo Martins faz um balanço do negócio.

Segundo a retalhista, a Ara é hoje uma das 20 maiores empresas deste país da América Latina em receitas e número de trabalhadores, depois de ter sido construída de raiz, em 2013.

A Jerónimo Martins estima que a cadeia de supermercados feche o ano 2023 com 1300 lojas, 17 centros de distribuição, e 14.500 funcionários. Há dez anos, a cadeia de supermercados Ara arrancava com 21 lojas, um centro logístico, e 466 trabalhadores.

“O formato Ara é muito bem recebido em todas as regiões e bairros”, reforça a Jerónimo Martins na nota. A retalhista portuguesa tem como alvo alcançar em 10 anos entre 3 e 4 mil lojas, incluindo franquias, num mercado em que “os retalhistas tradicionais”, como lojas de bairro, “continuam a liderar o mercado”, frisa.

Se em 2013 a operação colombiana representava 0,2% das vendas e 0,6% do quadro de pessoal total da retalhista portuguesa, em 2023 significa cerca de 8% e 10%, respetivamente. Nas vendas, o alvo a dez anos é que signifique 20% do total do grupo.

No primeiro semestre, a cadeia de supermercados Ara apresentou vendas de 1,1 mil milhões de euros, uma subida homóloga de 31,6%, e um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 18 milhões de euros, uma queda absoluta de 26 milhões de euros. A inflação dos bens alimentares na Colômbia rondava os 19,9% no período em questão.

A Jerónimo Martins está também presente no mercado polaco através das cadeias Biedronka e Hebe, negócio que representa mais de dois terços das vendas do grupo, e em Portugal, com a cadeia de supermercados Pingo Doce e a grossista Recheio.

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