Distribuição

Cabaz de alimentos com IVA 0% é oficial: conheça os 44 produtos

Cabaz de alimentos com IVA 0% é oficial: conheça os 44 produtos
Natalia Sergeeva/Getty

O primeiro-ministro anunciou os 44 os produtos que vão beneficiar até outubro de IVA à taxa zero. Descontos ainda têm de passar pelo Parlamento, só entrando em vigor daqui a sensivelmente 15 dias. Saiba aqui quais são

Esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, anunciou a lista final de produtos, com IVA zero nos próximos seis meses. São 600 milhões de euros de receita fiscal e apoios aos produtores, de que o Estado prescinde nesta medida, de acordo com uma estimativa do Governo.

Para evitar o que aconteceu em Espanha, que anunciou uma medida semelhante em dezembro que não se repercutiu nos preços, o Governo negociou com os produtores, que têm na Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) o seu maior representante; e com a grande distribuição, através da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

A colaboração de ambas é encarada como essencial para que se possa repercutir a diminuição do IVA no preço pago pelo consumidor.

São 44 bens alimentares essenciais que beneficiarão de IVA zero, a saber:

Cereais e derivados, tubérculos:

  • Pão
  • Batata
  • Massa
  • Arroz

Hortícolas:

  • Cebola
  • Tomate
  • Couve-flor
  • Alface
  • Brócolos
  • Cenoura
  • Curgete
  • Alho francês
  • Abóbora
  • Grelos
  • Couve portuguesa
  • Espinafres
  • Nabo

Frutas:

  • Maçã
  • Banana
  • Laranja
  • Pera
  • Melão

Leguminosas:

  • Feijão vermelho
  • Feijão frade
  • Grão-de-bico
  • Ervilhas

Laticínios:

  • Leite de vaca
  • Iogurtes
  • Queijo

Carne, pescado e ovos:

  • Carne de porco
  • Frango
  • Carne de peru
  • Carne de vaca
  • Bacalhau
  • Sardinha
  • Pescada
  • Carapau
  • Atum em conserva
  • Dourada
  • Cavala
  • Ovos de galinha

Gorduras e óleos:

  • Azeite
  • Óleos vegetais
  • Manteiga

“O nosso povo usa a expressão “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”, disse o primeiro-ministro, António Costa, esta tarde. “Creio que podemos adaptar essa frase para outra: ”Casa onde há inflação, todos ralham e todos têm a sua parte da razão”. E “o pior que podíamos fazer era pôr-nos todos a ralhar”, ironizou.

Para Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, este “é um acordo importante para o setor produtivo agrícola, mas principalmente que seja importante para o consumidor português.”

“Os produtores precisam de compensações. Não são culpados pela inflação e pela subida dos preços. Antes pelo contrário, sofrem com ela (…) o que hoje aqui assinamos não é uma promessa nem um golpe de magia. É sim um compromisso, o mesmo compromisso que os agricultores tem mantido com o povo português, tal como demonstraram durante a pandemia”, disse.

“Sozinhos não travamos o aumento dos preços, mas ajudamos a travar a forma como evoluem”, rematou.

“É um dia feliz para os portugueses porque a descida do IVA é uma boa notícia para os portugueses”, disse o presidente da APED, Gonçalo Lobo Xavier. “Sempre defendemos que não chegava baixar o IVA. Sempre dissemos que era preciso apoiar a produção nacional”, defendeu, adiantando que a organização chegou a trabalhar com o Governo, em setembro do ano passado, numa medida semelhante, mas que acabaria por não ser inscrita no Orçamento do Estado para 2023.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcgarcia@expresso.impresa.pt

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