
Crescimento económico e efeito da inflação na receita fiscal contribuíram para um défice abaixo do previsto pelo Executivo em 2022, destaca o Conselho das Finanças Públicas, admitindo um ligeiro aumento em 2023
Crescimento económico e efeito da inflação na receita fiscal contribuíram para um défice abaixo do previsto pelo Executivo em 2022, destaca o Conselho das Finanças Públicas, admitindo um ligeiro aumento em 2023
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Jornalista infográfico
Não apenas abaixo, mas muito abaixo da previsão do Governo. É assim que deverá ter fechado o défice das contas públicas em 2022, segundo a previsão do Conselho das Finanças Públicas (CFP), que antecipa o número que o Instituto Nacional de Estatística (INE) deverá divulgar no final desta semana.
No relatório “Perspetivas Económicas e Orçamentais 2023-2027”, publicado esta terça-feira, o CFP aponta para um saldo negativo das contas públicas de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, quando em outubro passado, no Orçamento do Estado para 2023, o Governo previa um défice de 1,9% do PIB. No final de dezembro o primeiro-ministro, António Costa, chegou a admitir um défice menor, de 1,4% ou 1,5%.
Já para 2023, o CFP coloca o défice nos 0,6% do PIB. Um número mais otimista que os 0,9% projetados pelo Governo, mas que traduz um ligeiro aumento face a 2022. Depois, o CFP antecipa uma redução sucessiva do défice, até se atingir um superávite nas contas públicas em 2025. Mas a instituição avisa que “a manifestação de algumas tensões no plano social ou laboral sinaliza a existência de pressões no curto prazo que podem conduzir a novas medidas com impacto orçamental ao longo do horizonte aqui analisado”.
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