Construção

Lucro da Mota-Engil no primeiro semestre cresce 65%

Lucro da Mota-Engil no primeiro semestre cresce 65%

A Mota-Engil lucrou 49 milhões de euros na primeira metade do ano e viu a carteira de encomendas subir para um novo máximo histórico de 13,7 mil milhões de euros, dos quais mais de 60% estão em África

Lucro da Mota-Engil no primeiro semestre cresce 65%

Miguel Prado

Editor de Economia

A Mota-Engil alcançou no primeiro semestre um resultado líquido atribuível ao grupo de 49 milhões de euros, mais 65% do que no mesmo período do ano passado, revelou a construtora em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios do grupo nos primeiros seis meses do ano subiu 7%, para 2,73 mil milhões de euros, alavancado em particular pela América Latina, com um crescimento de 12%, para quase 1,49 mil milhões de euros.

Por áreas de negócio, a engenharia e construção registou um crescimento homólogo da faturação de 7%, para 2,44 mil milhões de euros, enquanto a divisão de ambiente avançou 4%, para 264 milhões de euros.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) no período de janeiro a junho ascendeu a 396 milhões de euros, mais 12% do que em igual período de 2023. A margem EBITDA melhorou de 14% para 15%.

Na divisão de engenharia e construção a margem EBITDA da Mota-Engil foi de 14%, o que, segundo a empresa, é “um dos melhores registos entre as congéneres europeias da indústria de infraestruturas”.

A dívida líquida do grupo subiu de 1175 milhões de euros em dezembro de 2023 para 1268 milhões de euros em junho, com o rácio de dívida face ao EBITDA a agravar-se de 1,4 para 1,44 vezes. Contudo, em comparação com junho do ano passado o rácio melhorou, pois há um ano estava em 1,98.

No comunicado ao mercado a Mota-Engil dá ainda conta de um novo avanço da carteira de encomendas, que no final do primeiro semestre ascendia a 13,72 mil milhões de euros, acima dos 12,94 mil milhões de euros registados em dezembro. Neste novo máximo de encomendas África domina, com um peso de 62%, seguindo-se a América Latina, com 28%. A Europa tem um peso de 7% e as restantes regiões e outras áreas de negócio além da construção ficam com 3%.

“O nível histórico de carteira permite reforçar a convicção no cumprimento dos objetivos apresentados ao mercado para 2024, assim como deverá permitir dar sequência a um ciclo virtuoso e de crescimento sustentável”, nota a Mota-Engil.

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