A Mota-Engil fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido positivo de 20 milhões de euros, mais 54% do que no período homólogo de 2023. Em comunicado, o grupo de construção sublinha que foi o seu melhor primeiro trimestre de sempre.
O volume de negócios cresceu 7% em termos homólogos, para 1352 milhões de euros, com as receitas a subir em todas as áreas de negócio, com destaque para a América Latina, que avançou 9%, para 713 milhões de euros, reforçando o seu estatuto de principal motor da faturação do grupo.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 22%, atingindo os 196 milhões de euros, também impulsionado pelo resultado na América Latina, que saltou 34%, para 81 milhões de euros.
No comunicado sobre os resultados do primeiro trimestre a Mota-Engil destaca ainda o facto de ter conseguido uma dívida líquida inferior a 2x o EBITDA, um “controlo dos níveis de endividamento” que permite “reforçar a solidez do balanço do grupo Mota-Engil”, aponta ainda a construtora.
A carteira de encomendas, por seu turno, subiu 10% face a dezembro e ronda agora 14,2 mil milhões de euros. Deste volume de encomendas, 60% estão em África, 30% na América Latina, 7% na Europa e os restantes 3% na área do ambiente e outros negócios do grupo.
O segmento de engenharia e construção domina a carteira (13,83 mil milhões de euros), repartindo-se entre ferrovia (42%), estradas (35%), engenharia industrial (17%) e construção civil (6%), de acordo com a apresentação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Entre os projetos de maior dimensão na carteira da Mota-Engil está uma infraestrutura ferroviária na Nigéria, no valor de mais de mil milhões de euros, e com conclusão prevista para 2025.
O grupo tem ainda outros contratos assegurados de valor superior a 500 milhões de euros, como a manutenção do corredor ferroviário do Lobito, em Angola, a mina de Gambsberg, na África do Sul, ou três linhas do Metro de Monterrey, no México.
A carteira divulgada pela Mota-Engil (e que apenas lista contratos de valor superior a 200 milhões de euros) inclui ainda duas obras de grande dimensão em Portugal, como o Hospital Lisboa Oriental, a concluir em 2027, e a extensão da linha vermelha do Metro de Lisboa, para terminar em 2026.
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