Bolsa de Moscovo fechada, maior banco russo abandona mercado europeu
As decisões resultam do impacto das sanções económicas da comunidade internacional, na sequência da invasão russa da Ucrânia
As decisões resultam do impacto das sanções económicas da comunidade internacional, na sequência da invasão russa da Ucrânia
O Banco da Rússia informou, esta quarta-feira, que vai manter a bolsa de valores de Moscovo fechada pelo terceiro dia consecutivo, no mesmo dia em que o maior banco russo anunciou que vai abandonar o mercado europeu.
Em ambos os casos, as decisões resultam do impacto das sanções económicas da comunidade internacional, na sequência da invasão russa da Ucrânia.
O grupo Sberbank, o principal banco russo, anunciou a saída do mercado europeu, depois de ter sido atingido pelas sanções financeiras massivas internacionais.
“Na situação atual, o Sberbank decidiu retirar-se do mercado europeu. Os bancos subsidiários do grupo são confrontados com saídas de dinheiro anormais e ameaças à segurança dos empregados e escritórios”, disse o grupo, num comunicado citado pela imprensa russa.
Já o Banco da Rússia informou, também em comunicado, que decidiu não retomar a negociação de títulos na bolsa de valores de Moscovo, adiantando que iria rever a decisão na quinta-feira, pelas 06:00.
A bolsa de valores de Moscovo está fechada desde segunda-feira, depois de a UE, os Estados Unidos, o Canadá e outros parceiros terem excluído alguns bancos russos do sistema de comunicação interbancária internacional SWIFT, um golpe sem precedentes para isolar o país do sistema financeiro global.
O rublo registou então uma queda abrupta. Ao fechar a bolsa russa nos últimos três dias, a Rússia tem tentado evitar uma queda maior do que a que o índice MOEX sofreu, com o mercado de ações a cair então 45% e as principais ações a perderem mais de 58%.
O Banco da Rússia espera que as medidas tomadas para estabilizar o mercado tranquilizem os investidores russos.
Entre outras medidas, decidiu permitir aos bancos atingidos por sanções a utilização da reserva de capital acumulado para continuarem a funcionar e aumentou as taxas de juro para 20%, enquanto o Governo decidiu utilizar até um bilião de rublos (8,9 mil milhões de euros) ao Fundo Nacional de Bem-Estar – alimentado pelas receitas petrolíferas e uma espécie de ‘almofada’ para usar em tempos de crise – a ser utilizado na compra de ações de empresas russas.
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