Os agregados portugueses com menos rendimentos sofrem mais com o pagamento do IVA, representando uma carga fiscal de 17% para estas famílias face a 15% da média da zona euro, segundo o Banco de Portugal
Jornalista
O IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado), cobrado em bens e serviços comercializados em Portugal, tem um impacto maior junto dos consumidores com menos rendimentos face à média da zona euro, conclui um estudo do Banco de Portugal divulgado esta quinta-feira, 29 de maio. A carga fiscal - ou seja, o peso deste imposto no rendimento disponível dos agregados - é de 17% nas famílias mais pobres, ao passo que, na média da zona euro, esta é de apenas 15%.
Na análise “O IVA em Portugal e a sua incidência na distribuição de rendimento”, incluída no Boletim Económico de junho do Banco de Portugal (BdP), os técnicos compararam a realidade portuguesa com a da zona euro no que toca ao impacto deste imposto. A taxa média de IVA portuguesa e da zona euro entre o ano 2000 e 2023 era, para as duas regiões, de 11%. Número que esconde discrepâncias entre quem mais e menos rendimentos aufere, e a quem este imposto afeta desproporcionalmente.
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