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Economia

Lagarde confirma que BCE enfrenta uma "incerteza fenomenal"

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
Mustafa Yalcin/Anadolu Via Getty Images

O Banco Central Europeu decidiu esta quinta-feira, com uma abstenção, descer os juros pela sexta vez, mas a presidente Christine Lagarde disse que se enfrenta “uma incerteza fenomenal”, o que torna as decisões de política monetária cada vez mais dependentes dos dados económicos concretos e da geopolítica

O Banco Central Europeu (BCE) não tem a vida fácil. O processo de desinflação (desaceleração da inflação) continua “bem encaminhado”, em direção à meta de 2% agora esperada, um pouco mais tarde, para 2026. Mas, as decisões do banco central da moeda única confrontam-se com uma situação de “incerteza fenomenal”, sublinhou Christine Lagarde, a presidente da instituição monetária, na conferência de imprensa em Frankfurt que se seguiu ao anúncio da sexta descida dos juros de referência, que baixaram, agora, para 2,5%.

A expressão “incerteza fenomenal” não é dela, mas foi usada na discussão destes dois dias de reunião por muitos governadores, revelou a francesa. O horizonte “não é preto ou branco”, disse Lagarde, para recordar que as mudanças geopolíticas e dentro da própria zona euro podem “até ocorrer em 24 horas”, e, deste modo, o BCE está “cada vez mais dependente dos dados económicos”. O lema de que o banco central não se compromete com decisões futuras, não antecipa o sentido de futuros movimentos, é cada vez mais vital. “Mais do que nunca temos de estar vigilantes”, reforça a presidente.

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