Economia

Está confirmado: inflação desceu para 2,6% na zona euro e abaixo da média em Portugal

Está confirmado: inflação desceu para 2,6% na zona euro e abaixo da média em Portugal
Natalia Sergeeva/Getty

Na segunda estimativa, o organismo de estatísticas da União Europeia confirmou, esta segunda-feira, que a inflação na zona euro abrandou para 2,6% em fevereiro. Portugal mantém-se entre as sete economias do euro em que a inflação está abaixo da média.

A inflação na zona euro desceu para 2,6% em fevereiro, avançou, esta segunda-feira, a segunda estimativa do Eurostat, o organismo de estatísticas da União Europeia. Este abrandamento em fevereiro confirma a trajetória de desaceleração da subida de preços desde dezembro do ano passado, quando tinha acelerado para 2,9%.

Esta variação de preços no consumidor diz respeito à medição em termos homólogos, ou seja, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em termos de variação de um mês para o seguinte, o que os economistas designam por variação em cadeia, a inflação acelerou 0,6% na zona euro, depois de ter caído 0,4% em janeiro. No caso de Portugal, a variação em cadeia foi de 0,2%.

As novas estimativas do Eurostat confirmaram, ainda, que a inflação subjacente (excluindo as componentes mais voláteis, como a alimentação e a energia) desacelerou de 3,3% em janeiro para 3,1% em fevereiro.

Na geografia do euro, os ritmos de inflação continuam a ser muito díspares. Portugal - com a inflação a descer para 2,3% em fevereiro, segundo o índice harmonizado do Eurostat - e mais seis economias registaram taxas de inflação abaixo da média (2,6%) da zona euro, enquanto três economias ainda têm ritmos de inflação acima de 4%: Áustria, Croácia e Estónia.

A confirmação da trajetória de abrandamento da inflação global e da inflação subjacente dá munições ao conselho do Banco Central Europeu (BCE) para prosseguir, na reunião de 11 de abril, a discussão sobre a reversão da política monetária restritiva anunciada por Christine Lagarde como tendo sido iniciada na mais recente reunião realizada este mês.

As declarações dos governadores dos bancos centrais nacionais do euro já proferidas depois da reunião de março apontam para uma eventual decisão de primeiro corte nos juros em junho, contando, então, com as taxas de inflação registadas em março, abril e maio e com as novas projeções macroeconómicas a serem apresentadas.

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