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Os três desafios não oficiais saídos de Davos: subir impostos, acomodar a China e admitir o regresso de Trump

Os três desafios não oficiais saídos de Davos: subir impostos, acomodar a China e admitir o regresso de Trump
Fabrice Coffrini/Getty Images

Na ponta final do Fórum Económico Mundial houve que defendesse um sistema fiscal global para taxar a descarbonização. Uma estratégia de ‘coopetição’ com Pequim foi considerada em vários painéis a única via realista nas relações internacionais. E nos corredores admitiu-se que um segundo mandato de Trump, pelo qual “Putin e Netanyahu estão a torcer", não pode ser ignorado

O Fórum Económico Mundial (World Economic Forum) chegou esta sexta-feira ao fim com o lançamento ou fortalecimento de mais de 50 iniciativas que os organizadores entendem que vão favorecer a “reconstrução da confiança” num mundo em que campeia a “impunidade” como acusou António Guterres na quarta-feira, e valorizar o papel do diálogo contra a polarização e as guerras que ameaçam agravar-se em 2024.

Entre as novas iniciativas apadrinhadas pelo Fórum, estão duas “coligações de pioneiros” para a transformação da indústria e para o problema alimentar mundial, uma Aliança de líderes empresariais pelo clima e outra pela “governação da Inteligência Artificial”, e um grupo pela Requalificação das competências dos Recursos Humanos ameaçados pela revolução tecnológica.

Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, e uma das quatro mulheres mais poderosas presentes em Davos, deixou mesmo palavras enternecedoras: “Temos a responsabilidade de ser administradores do futuro do nosso belo e pequeno planeta”. Mas, logo, acrescentou: "Há algo que os líderes têm de abraçar: a responsabilidade de agir, mesmo que não seja popular".

Fora das conclusões oficiais emergiram esta sexta-feira em três dos painéis finais do evento alguns temas que acabaram por ser tratados com pinças: impostos, China e Trump.

“Tudo isto é muito lento. Politicamente, é difícil falar de mais impostos e da necessidade de redirecionar subsídios. Não há grande entusiasmo, pois os políticos olham para o curto prazo. Mas o mundo está confrontado com o problema”.

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