
Geopolítica: a invasão russa da Ucrânia acendeu um surto inflacionista e obrigou os bancos centrais a subirem os juros
Geopolítica: a invasão russa da Ucrânia acendeu um surto inflacionista e obrigou os bancos centrais a subirem os juros
Jornalista
A velocidade da História não deu muito tempo para a economia mundial respirar. Depois de uma pandemia de que não havia memória há um século e que se arrastou com alta letalidade por dois anos, foi a vez da geopolítica marcar o ponto. Em fevereiro, o Kremlin julgou chegada a hora de uma invasão à vizinha Ucrânia e a economia mundial tremeu com um choque energético e um ano de fome sem precedente, segundo o World Food Programme das Nações Unidas.
O barril de Brent, o ouro negro de referência europeia, chegou a estar acima de 100 dólares durante seis meses. O gás natural utilizado na Europa chegou a um pico de €340 por Megawatt/hora no final de agosto (ver artigo dobre o choque energético). No meio da tormenta geral, a economia portuguesa até acelerou e cresceu o dobro da média da zona euro. E a bolsa em Lisboa registou ganhos de 2,8% face a um afundamento de 19% no espaço da moeda única. O ‘milagre’ português deveu-se aos enormes ganhos da Galp, um dos pesos pesados do índice PSI, com uma valorização anual de 50%, recorda Filipe Garcia, presidente da consultora Informação de Mercados Financeiros.
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