Preço do financiamento do Estado em alta: custo da nova dívida portuguesa é o mais alto desde a troika
Estado paga 3,5% pelos títulos que emitiu este ano. Desde 2014 que não pagava tanto. Poderá descer se o BCE cortar nas taxas
Estado paga 3,5% pelos títulos que emitiu este ano. Desde 2014 que não pagava tanto. Poderá descer se o BCE cortar nas taxas
Jornalista
O custo de colocar nova dívida pública mais do que duplicou em 2023 em relação ao ano anterior (ver gráfico). O juro médio das emissões subiu de 1,7% em 2022 para 3,5% até final de outubro do ano em curso, segundo dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). Como em novembro e na primeira quinzena de dezembro, o Estado não realizou leilões de colocação de dívida de médio e longo prazo e cancelou a emissão de Bilhetes do Tesouro que tinha agendada para 15 de novembro, o custo no final do ano não deverá andar longe dos 3,5%, um nível que se aproxima do registado em 2014, ano em que Portugal saiu do resgate da troika.
Note-se que, até agora, o IGCP não executou a previsão de colocação de obrigações para o quarto trimestre e cancelou a emissão de Bilhetes do Tesouro. Este ano não chegou a avançar sequer com uma sindicação de uma nova linha de dívida de referência a 10 anos.
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