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Maior transparência salarial pode não significar melhores salários

Maior transparência salarial pode não significar melhores salários
Witthaya Prasongsin

Especialistas admitem que empresas possam nivelar por baixo os salários e direcionar a negociação para os benefícios

Maior transparência salarial pode não significar melhores salários

Cátia Mateus

Jornalista

O propósito de regulamentar a transparência salarial é, por um lado, garantir a eliminação das desigualdades remuneratórias entre homens e mulheres na mesma função e, por outro, permitir uma melhoria dos rendimentos nas organizações. Mas nem um nem outro estão garantidos com a simples adoção de normas jurídicas, alertam os especialistas. Pedro Borges Caroço, sócio da Page Executive, a unidade de recrutamento da Michael Page para executivos de topo, admite que “há o risco de as empresas começarem a nivelar por baixo os salários, para reforçar o peso dos benefícios extrassalariais na componente remuneratória”.

Não há fórmulas perfeitas nem receitas milagrosas. E para este especialista a regulamentação da transparência salarial é um desses casos. Conhecer os salários praticados na sua empresa ou na concorrência pode ajudar os trabalhadores a perceber se estão a ser mal pagos, pode tornar claro se há desigualdades entre homens e mulheres na mesma função, entre outros enviesamentos possíveis, e pode até ser um fator decisivo de retenção de talento, numa altura em que ela é tão crítica. Mas também pode ter um efeito adverso nos salários.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cmateus@expresso.impresa.pt

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