
O consumidor tem de estar preparado para gastar mais dinheiro no supermercado, alertam os economistas
O consumidor tem de estar preparado para gastar mais dinheiro no supermercado, alertam os economistas
Jornalista
Esta semana, o cabaz básico com 46 bens alimentares isentos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) controlado pela Deco Proteste custava €133,58. Estava 0,39% abaixo do valor inicial (€134,11 a 19 de abril) e 4,5% acima do mínimo (€127,75 a 30 de agosto). “Os preços já estão a subir, e o aumento habitual de janeiro, combinado com o fim do IVA zero, vai tornar isso ainda mais visível”, alerta Rita Rodrigues, porta-voz da Deco Proteste, na antecipação do que o consumidor pode esperar com o fim da isenção do IVA no fim do ano.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) concorda. “Continua a haver pressão sobre os preços, em especial em produtos como o azeite e os cereais, que também impactam nas rações e na carne. Estamos muito preocupados”, diz o seu diretor-geral, Gonçalo Lobo Xavier. E Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca — Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, sublinha que o reflexo na taxa de inflação será imediato: “Sabemos que 22% da taxa de inflação vem da alimentação, e 40% desses 22% são precisamente os produtos do cabaz”, afirma.
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