
Grandes empresas nacionais ouvidas pelo Expresso vão manter regime. Gestores não seguem tendência internacional de regresso ao trabalho presencial
Grandes empresas nacionais ouvidas pelo Expresso vão manter regime. Gestores não seguem tendência internacional de regresso ao trabalho presencial
Jornalista
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Em junho de 2022, o multimilionário Elon Musk baniu na Tesla o teletrabalho iniciado durante a pandemia, dizendo aos funcionários que perderiam o emprego se recusassem voltar ao trabalho presencial. Linha de atuação que replicou também no Twitter (agora X), quando adquiriu a rede social. O empresário já várias vezes justificou a decisão classificando o teletrabalho como “treta” e uma prática “moralmente errada”, vincando que não está só em causa a produtividade. Já este ano, em maio, o Centre for Cities publicou um estudo, focado na realidade londrina, manifestando preocupação precisamente com o impacto do teletrabalho na produtividade. Segundo a análise, o modelo de trabalho remoto, que perdura desde a pandemia, coloca em causa o efeito positivo da aglomeração de pessoas e negócios intensivos em conhecimento, penalizando a inovação.
Afinal o teletrabalho é bom ou mau para a produtividade? Os estudos disponíveis são ainda poucos e nenhum analisa a realidade portuguesa. Os economistas apontam prós e contras. Mas as empresas em Portugal não parecem caminhar para um regresso ao escritório. É isso que sinalizam os dados oficiais e também as 12 companhias ouvidas pelo Expresso, que apontam resultados positivos ou nulos para a produtividade e um incremento substancial na motivação e satisfação dos trabalhadores.
No segundo trimestre deste ano, cerca de 908,9 mil trabalhadores em Portugal, representando 19,3% da população empregada no país, estavam em regime de trabalho remoto (total ou parcial), segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Isto significa que exerceram atividade a partir de casa com recurso a instrumentos das tecnologias de informação. O número coloca o teletrabalho no país em níveis muito próximos dos registados durante a pandemia de covid-19.
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