Economia

Endividamento da economia cresce €12,9 mil milhões no primeiro semestre

Endividamento da economia cresce €12,9 mil milhões no primeiro semestre

Segundo os dados do Banco de Portugal, o endividamento do setor não financeiro em Portugal aumentou 12,9 mil milhões de euros no final do primeiro semestre. Contudo, houve uma queda em percentagem do PIB

O endividamento do setor não financeiro em Portugal (administrações públicas, empresas e particulares) subiu 12,9 mil milhões de euros no final do primeiro semestre do ano, para 806,9 mil milhões de euros, informou o Banco de Portugal (BdP) esta quarta-feira.

Do total da dívida, 442 mil milhões de euros correspondem ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 364,9 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

Segundo o banco central, o endividamento do setor público cresceu 13,4 mil milhões de euros. A subida deveu-se, particularmente, aos particulares (10,6 mil milhões de euros), “essencialmente pelo investimento das famílias em certificados de aforro, e junto das administrações públicas (5,9 mil milhões de euros)”. Por outro lado, o endividamento do setor público junto do exterior diminuiu 4,3 mil milhões de euros.

Já no setor privado, o endividamento reduziu-se em 0,6 mil milhões de euros, em grande parte devido à queda do endividamento dos particulares junto do setor financeiro, em 0,7 mil milhões de euros. Pelo contrário, o endividamento das empresas privadas aumentou 0,1 mil milhões de euros - um aumento de 0,3 mil milhões de euros junto do setor financeiro, que foi parcialmente compensado por uma redução de 0,2 mil milhões de euros junto dos particulares.

Olhando apenas para o mês de junho, o endividamento das empresas privadas cresceu 0,6%, face ao mesmo mês de 2022, enquanto o endividamento dos particulares aumentou 0,9%.

A instituição liderada por Mário Centeno indica ainda que nos primeiros seis meses do ano, “o crescimento mais elevado do PIB que do endividamento originou uma evolução dos indicadores do endividamento do setor não financeiro, em percentagem do PIB, contrária à observada para os valores nominais”. Assim, o endividamento do setor não financeiro diminuiu de 331,9%, no final de 2022, para 320,3% do PIB, no primeiro semestre de 2023.

“Quer o endividamento do setor público, quer o endividamento do setor privado, em rácio do PIB, diminuíram de 146,9% para 144,8% e de 185,0% para 175,4%, respetivamente”, acrescenta a nota do banco central.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate