Portugal vai submeter uma candidatura a fundos europeus para um dos mais emblemáticos projetos ferroviários que o atual Governo quer pôr no terreno, a linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto. A candidatura ascende para já a €700 milhões — valor a que corresponde nesta fase a dotação para Portugal do programa Connecting Europe Facility (CEF ou, em português, Mecanismo Interligar a Europa) — e terá de ser apresentada até ao final de janeiro de 2024, quando termina o prazo de submissão de candidaturas. A dúvida que existia era se o país poderia candidatar-se para uma obra em que mantém a construção da linha em bitola ibérica, em vez da recomendada adoção de uma bitola europeia.
A questão da bitola — ou distância entre carris — tem alimentado acesas discussões nos últimos anos, com algumas forças vivas da sociedade portuguesa, entre empresários, gestores e académicos, a defender que Portugal tem de avançar já para a construção das novas linhas em bitola europeia (ver texto em baixo) — que existe em toda a Europa menos em Espanha mas que o país vizinho já adotou nas linhas de alta velocidade que construiu nos últimos anos. Defendem que Portugal ficará isolado de Espanha — e da Europa — se não proceder já a essa migração, com a consequente perda de competitividade no transporte de mercadorias.
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