Nos primeiros quatro meses de 2023 foram publicados 170 Instrumentos de Regulamentação Coletiva do Trabalho, 128 dos quais com revisão salarial. A maioria aplica o limiar mínimo de atualizações de 5,1% definido no acordo de rendimentos, mas isso não se traduz num ganho expressivo para os trabalhadores
É o valor mais alto desde 2011, tanto no número de Instrumentos de Regulamentação Coletiva do Trabalho (IRCT) publicados, como nos profissionais abrangidos por contratação coletiva e nos que, por essa via, beneficiaram de atualizações salariais. Entre janeiro e abril deste ano foram publicados 170 IRCT, mais 81% do que no mesmo período de 2022, colocando a negociação coletiva no valor mais alto desde 2005, início da atual série de dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), mostram os dados fornecidos ao Expresso pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS). Em 85% dos firmados em 2023, em que foram revistas as tabelas salariais, a valorização acordada cumpria ou superava o limiar mínimo de 5,1% definido no acordo de rendimentos que o Governo subscreveu em outubro passado com as confederações patronais e a UGT. Os ganhos reais são, contudo, muito inferiores.
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