Por trás dos 65,6 milhões de euros de lucro de 2022, há uma companhia exaurida por um plano de reestruturação que a obrigou a reduzir o número de trabalhadores de 9 mil para 7200 e a encolher a frota, e que simultaneamente teve de enfrentar uma dura pandemia, e conviver regularmente com decisões polémicas de uma gestão, que mais recentemente se viu envolvida no meio de uma batalha política, onde os estilhaços se espalham por todo o lado. Luís Rodrigues pegou na passada sexta-feira nos comandos da TAP, uma empresa a precisar urgentemente de virar-se para dentro e para a operação.
Discreto, Luís Rodrigues, um gestor que conhece bem a casa, da qual saiu como administrador em 2014, entrou esta sexta-feira na sede da transportadora na Portela. Esperavam-no uma frente de jornalistas, recebeu-os com uma mensagem subtil, mas clara: quer a companhia fora do espaço mediático. Por isso, vincou: isto não é um programa de televisão, nem ele é uma estrela de cinema. É tempo de arregaçar as mangas.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt