Apesar do muito que se fala da ‘bazuca’ europeia no país, os portugueses não estão particularmente entusiasmados com o plano de recuperação no contexto dos inquéritos de opinião conduzidos na zona euro.
Segundo o Eurobarómetro divulgado esta sexta-feira pela Comissão Europeia, Portugal fica a meio da tabela – em 10.º lugar entre os 19 países da moeda única – quanto à percentagem de inquiridos que concordam com este novo instrumento financeiro de subvenções e empréstimos para superar a crise da Covid-19 apoiando reformas e investimentos sociais, verdes e digitais nos Estados-membros.
São 70% os inquiridos em Portugal que concordam com este instrumento de apoio europeu que está a financiar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os restantes 30% ou não concordam (8%) ou não conseguem decidir (15%) ou preferem não responder.
Na média da zona euro, são 75% os inquiridos que concordam com este novo mecanismo de recuperação europeu. Os mais entusiastas são os italianos (85%) e os espanhóis (84%), os gregos e os eslovenos (81%) e os franceses (80%).
Mas quando questionados sobre a necessidade de implementar reformas que melhorem o desempenho económico do seu país, os portugueses são os que mais apoiam esse ímpeto reformista entre os inquiridos nos 19 países da zona euro.
Em Portugal são 91% os que concordam com a necessidade de o Governo tomar mais reformas, quando a média da zona euro é 80%.
Os inquiridos indicaram que as reformas mais importantes que o governo deve fazer para incentivar o crescimento e o emprego são as reformas dos sistemas da segurança social (92%) e das pensões (89%), a reforma do sistema de saúde (89%) e a reforma do mercado de trabalho (88%).
Depois de Malta (90%), Portugal (86%) é o segundo país da zona euro com mais inquiridos a concordar que os governos precisam de poupar mais no presente de modo a preparar as finanças públicas para o envelhecimento da população. Na zona euro, a média de inquiridos que concorda com esta afirmação é de 75%.
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