O trânsito que se sente à entrada de Bucareste não se sentia antes de 1989. Havia poucos carros a circular na capital da Roménia — os que existiam eram de marcas socialistas e comunistas — e a economia de energia imposta por Nicolae Ceausescu era sinónimo de pouca luminosidade ao cair da noite. Eis o cenário traçado ao Expresso por Gelu Savonea, ex-diretor-adjunto do Instituto Cultural Romeno em Lisboa, dos tempos em que o país viveu sob a mão do ditador.
As palavras de Savonea evocam uma época em que as escolhas de pão eram reduzidas, e era difícil encontrar bens como carne, leite ou manteiga. “A penúria era tão grande que as pessoas que tinham um pouco de dinheiro iam aos restaurantes subornar os funcionários para comprar carne lá. Mas se a carne era a um preço normal na mercearia, no restaurante era o triplo”, recorda.
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