Protestos na China fazem petróleo negociar em queda
O barril de Brent caía mais de 3% na manhã desta segunda-feira. Teme-se que os protestos na China tenham impacto no consumo do país, o maior importador de crude do mundo
O petróleo negociava em baixa nos mercados internacionais nesta segunda-feira, 28 de novembro, temendo-se que os protestos na China contra a política de zero casos de covid-19 de Pequim tenha impacto negativo no consumo de crude. A China é o maior importador mundial de petróleo.
Na manhã desta segunda-feira, o barril de Brent, referência para a Europa, cotava em baixa de 3,15% para os 81 dólares, em mínimos de janeiro, ao passo que o barril WTI caía 3% para os 74, a preços de dezembro do ano passado.
Os traders estão também atentos à possibilidade de ser instaurado um preço máximo no crude russo gizado pelos países do G7, o qual comercializadores terão de implementar se não quiserem ficar excluídos das redes de compra e venda de petróleo mundiais.
Na União Europeia, apesar de haver discórdia entre os países relativamente a esta medida de limitação dos preços, que será acompanhada do fim das importações de crude russo pelos 27, deverá ser implementado este tecto a partir do dia 5 de dezembro.
O preço máximo do crude russo, que deverá fixar-se entre os 65 dólares e 70 dólares por barril, segundo avançou há dias uma fonte diplomática, visa limitar as receitas de Moscovo para afetar a capacidade de manter a guerra na Ucrânia.
O cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai, entretanto, reunir-se no dia 4 de dezembro para a revisão das metas de produção, depois de, em outubro, ter decidido cortar a produção diária em 2 milhões de barris diários até ao início do próximo ano.
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