O parque eólico Moray West, que está a ser desenvolvido ao largo da Escócia pela Ocean Winds, empresa conjunta da EDP e Engie, vai fornecer energia limpa à Google durante 12 anos, informou a joint venture de eólicas offshore em comunicado.
O parque terá uma capacidade total de 882 megawatts (MW) e deve entrar em operação em 2025, mas o contrato de venda de energia (PPA, na sigla em inglês) com a Google cobre apenas uma parte, 100 MW.
O PPA foi celebrado diretamente entre a Engie e a Google, de acordo com o comunicado da Ocean Winds. Fonte oficial da EDP esclareceu ao Expresso que a empresa portuguesa não tem qualquer interesse económico nesse contrato.
O contrato surge no quadro da estratégia da Google para ser neutra em carbono até 2030. De acordo com Matt Brittin, presidente da Google na Europa, com este contrato e outros já estabelecidos pela empresa, a Google no Reino Unido já terá em 2025 cerca de 90% da sua operação livre de emissões de dióxido de carbono.
“Este PPA representa a concretização da eólica offshore como uma poderosa fonte de energia, capaz de responder às elevadas necessidades energéticas e aos objetivos de neutralidade carbónica de países e clientes”, comentou o presidente executivo da Ocean Winds, Bautista Rodriguez.
Atualmente a empresa conjunta da EDP e da Engie tem uma carteira de projetos eólicos offshore de mais de 6 gigawatts (GW) no Reino Unido.
Globalmente, a Ocean Winds já tem em operação 1,5 GW de parques eólicos no mar (entre eles inclui-se o único projeto do género em Portugal, o Windfloat Atlantic, com 25 megawatts), outros 0,9 GW em construção e mais 12,2 GW em diferentes fases de desenvolvimento.
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