O que podem fazer os utilizadores e empresas no caso de o Twitter declarar bancarrota? E se a rede social fechar, será que a informação colocada ao longo dos anos pode ser transacionada? O futuro é imprevisível, mas há quem lembre que a informação contida no Twitter faz parte da história da Humanidade
A Biblioteca do Congresso dos EUA sabia ao que ia, mas não tinha forma de imaginar que haveria de ficar soterrada em tuítes. Em 2010, o famoso braço documental dos dois parlamentos federais dos EUA decidiu começar a descarregar para os arquivos internos todas as publicações do Twitter que não eram do foro privado. Em dois anos, chegou a uma descarga diária de 500 milhões de tuítes. Em 2017, o pragmatismo impôs-se: perante uma amálgama de polémicas, temas, tendências, debates e rebates e tuítes esparsos ou com múltiplas cópias, variantes e intervenientes, a Biblioteca federal passou a descarregar apenas as publicações de contas politicamente relevantes.
“Se os arquivos do Twitter desaparecessem, perderíamos a capacidade para contar parte da nossa história. Tudo o que aconteceu no Twitter foi importante para explicar a nossa história recente”, explica Gustavo Cardoso, diretor do Observatório das Comunicações (OberCom). O sociólogo que é também professor no ISCTE dá como improvável o fecho do Twitter, ainda que mantenha em aberto a possibilidade de bancarrota. “É um pouco como o banco Lehman Brothers (que também faliu); o Twitter é demasiado grande para que o deixem cair”, acrescenta Gustavo Cardoso.
'A voz do povo é a voz de Deus': Musk restabelece conta de Donald Trump no Twitter após sondagem Moody´s deixa de classificar o Twitter por falta de informação sobre a empresa Entre o novo Twitter de Elon Musk e a porta de saída, centenas de funcionários estão a escolher sair Musk acena com risco de bancarrota do Twitter. Mesmo sem selos de verificação, a justiça portuguesa mandou bloquear contas falsas no passado
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