Economia

Exportações de vinho crescem, mas ressentem-se da falta de matéria-prima

Num ano sem paralelo em termos de temperatura e secura, as vinhas dão mais uma vez prova de resiliência. A qualidade do ano vínico parece estar garantida, mas ainda é preciso esperar dois invernos para ver como o vinho do Porto evolui
Num ano sem paralelo em termos de temperatura e secura, as vinhas dão mais uma vez prova de resiliência. A qualidade do ano vínico parece estar garantida, mas ainda é preciso esperar dois invernos para ver como o vinho do Porto evolui
Rui Oliveira

México, Angola e Canadá são mercados em destaque

As exportações portuguesas de vinho somaram 677,3 milhões de euros entre janeiro e setembro, o que representa crescimentos de 0,97% em valor e de 1,57% no preço médio, contra uma quebra de 0,59% em volume face a período homólogo, anunciou a Viniportugal esta sexta-feira.

“Embora com algumas quebras durantes estes meses, muito devido ao contexto de guerra que levou à falta de matéria-prima, pondo em causa a produção e alguns constrangimentos na distribuição, no total deste período, as exportações apresentam um resultado positivo para os vinhos portugueses", comenta Frederico Falcão, presidente da Viniportugal.

Para Portugal, diz, “é muito importante ver as nossas exportações crescerem em valor e em preço médio. É este o posicionamento que procuramos”, sublinha.

No momento em que o sector prepara o Fórum Anual dos Vinhos de Portugal a apresentação da estratégia de promoção para que 2023, a 23 de novembro, a Viniportugal destaca o desempenho de três mercados neste período: México, com um crescimento de 114,18%, Angola (+86%) e Canadá (+7,58%).

Quanto aos cinco principais destinos de exportação, o ranking é constituído pelos Estados Unidos, França, Reino Unido, Brasil e Canadá, confirmando que os EUA continuam a ser o maior cliente dos vinhos portugueses, à frente da França, tal como nos meses anteriores.

Sem o Vinho do Porto, as exportações cresceram 3,51% e valor e 1,09% em volume, enquanto o preço médio subiu 2,39%.

Por geografias, o duriense Vinho do Porto lidera as vendas ao exterior de janeiro a setembro, mas o maior crescimento percentual foi do Dão (+22,49%).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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