Caixa Geral de Depósitos sai da sede dentro de três a quatro anos e deixa lá o Governo

Paulo Macedo confirma que a CGD vai sair da sede que foi construída para o banco estatal, mas ainda não encontrou novas instalações
Paulo Macedo confirma que a CGD vai sair da sede que foi construída para o banco estatal, mas ainda não encontrou novas instalações
O edifício majestoso da Avenida João XXI, em Lisboa, construído de raiz para ser a sede da Caixa Geral de Depósitos na última década do século XX vai deixar de contar com o banco público dentro de três a quatro anos. A confirmação foi dada pelo próprio presidente executivo da instituição, Paulo Macedo.
Na Money Conference, evento realizado pelo Diário de Notícias em Lisboa, Paulo Macedo afirmou que a intenção do Governo em mudar-se para o edifício irá fazer com que a Caixa o abandone.
“Há intenção do Governo em ficar com o edifício da Caixa. Nós ficamos satisfeitos, porque o edifício não é para os serviços centrais de um banco”, declarou o presidente executivo da CGD, dizendo que faz sentido “libertar-se de um edifício que é desajustado para o banco”.
“É um processo que será gradual e que demorará três a quatro anos”, concretizou Paulo Macedo, empurrando a saída para depois do final do seu mandato.
O líder do banco público admitiu também que “ainda não estão escolhidas” as novas instalações.
Sobre de que forma esta mudança se concretizará a nível contabilístico e monetário Paulo Macedo nada disse, sendo que o ativo pertence ao fundo de pensões do pessoal da CGD e não ao próprio banco.
O Governo tem estado já a transferir serviços para a atual sede da Caixa, sendo que a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que os ministérios começarão a mudar-se no primeiro trimestre do próximo ano, já atrasados face ao calendário inicial. Até à saída da CGD, haverá coexistência dos serviços do banco com as agências e ministérios.
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