Economia

Economia portuguesa cresce 4,9% no terceiro trimestre e supera expetativas

Foto: Getty Images
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O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 4,9% em termos homólogos e 0,4% em cadeia, segundo a estimativa rápida publicada pelo Instituto Nacional de Estatística esta segunda-feira

A economia portuguesa superou as expetativas dos economistas e avançou 4,9% em termos homólogos e 0,4% em cadeia no terceiro trimestre, indica a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicada esta segunda-feira.

Economistas ouvidos pelo Expresso na semana passada apontavam, em média, para uma expansão de 4,5% em termos homólogos, isto é, em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Já em cadeia, ou seja, em relação aos três meses anteriores, antecipavam, mais uma vez em média, uma variação nula.

Ainda assim, este crescimento homólogo de 4,9% representa um abrandamento face aos 7,4% registados no segundo trimestre.

É preciso ter em conta, contudo, que no segundo trimestre o efeito de base a impulsionar o crescimento foi mais expressivo do que neste terceiro trimestre. Isto porque na primavera do ano passado ainda estavam em vigor no país diversas restrições associadas à pandemia de covid-19, que no verão tinham sido já aligeiradas.

O que explica esta evolução da economia portuguesa no terceiro trimestre? O INE ainda não dá detalhes - só serão conhecidos no finald e novembro - mas já deixa pistas.

Assim, “o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no terceiro trimestre, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento”, aponta a autoridade estatística nacional.

A forte evolução do turismo foi o fator apontado por todos os economistas ouvidos pelo Expresso como um dos principais pontos positivos do comportamento da economia portuguesa no terceiro trimestre deste ano.

Ainda assim, o INE aponta que "o contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB também diminuiu, traduzindo a desaceleração das exportações de bens e serviços, em volume, mais intensa que a das importações".

No atual contexto inflacionista, que marca, em particular, os preços dos produtos energéticos, o INE salienta que “em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações, superior ao observado nas exportações, verificou-se uma perda significativa de termos de troca pelo sexto trimestre consecutivo, embora menos intensa que no trimestre anterior”.

Já no que toca à variação em cadeia do PIB, verificou-se uma aceleração da economia portuguesa. Isto porque os 0,4% avançados pelo INE para o terceiro trimestre do ano comparam com os 0,1% registados nos três meses anteriores.

Explicação? O INE destaca que “o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB passou a positivo, destacando-se o crescimento do consumo privado, apesar da aceleração dos preços no consumidor”. Quanto ao contributo da procura externa “líquida foi inferior ao observado no trimestre precedente”, indica a autoridade estatística nacional.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: slourenco@expresso.impresa.pt

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