Economia

Jerónimo Martins lucrou 419 milhões até setembro, mais 29% do que no ano passado

Foto: Jerónimo Martins, Pingo Doce
Foto: Jerónimo Martins, Pingo Doce

O grupo Jerónimo Martins obteve nos primeiros nove meses do ano um lucro de 419 milhões de euros. A faturação das várias insígnias do grupo subiu 21% e a margem da Jerónimo Martins melhorou 18% face ao ano passado

A Jerónimo Martins fechou os primeiros nove meses deste ano com um resultado líquido atribuível aos acionistas de 419 milhões de euros, mais 29% do que o lucro alcançado em igual período do ano passado, revelou a retalhista em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As vendas do grupo que controla as cadeias Pingo Doce e Biedronka subiram 21% e atingiram os 18,39 mil milhões de euros até setembro, tendo a margem da Jerónimo Martins avançado 18,2%, para 3,88 mil milhões de euros, ao passo que os custos operacionais subiram 18,4%, para 2,54 mil milhões de euros.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do grupo melhorou 17,8%, para 1,35 mil milhões de euros, indica ainda o comunicado da Jerónimo Martins à CMVM.

A dívida líquida do grupo em setembro era de 1,66 mil milhões de euros, subindo face ao valor de fecho de 2021, que era de 1,32 mil milhões de euros, e em relação a setembro de 2021, quando estava nos 1,62 mil milhões de euros.

Na mensagem que acompanha a apresentação de contas, o presidente executivo da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos destaca a “agilidade” do grupo num contexto de inflação.

“Com as acentuadas subidas dos preços dos alimentos e da energia a asfixiarem o poder de compra das famílias, tomámos a decisão, transversal a todas as companhias do grupo, de trabalhar para conter na medida do possível a subida dos preços nas prateleiras das nossas lojas, admitindo pressão adicional sobre as margens. Os resultados destes nove meses de atividade espelham essa opção e a agilidade e assertividade demonstradas pelas nossas insígnias”, aponta Pedro Soares dos Santos.

“Na Polónia, onde acresce especificamente a pressão da intensificação da guerra no país vizinho, procurámos reconhecer a eficácia e produtividade das nossas equipas operacionais com um prémio extraordinário que ascendeu, em euros, a 22 milhões”, exemplificou o presidente executivo da Jerónimo Martins.

Quanto às perspetivas para o conjunto do ano, Pedro Soares dos Santos indica que “o esforço de contenção dos preços de venda continuará a ser mantido”, num contexto em que a inflação ao nível dos custos continuará a aumentar a pressão sobre as margens percentuais das várias marcas do grupo Jerónimo Martins.

No que toca a Portugal, as vendas do Pingo Doce subiram 10,3% nos primeiros nove meses do ano (e 13,4% especificamente no terceiro trimestre), para 3,3 mil milhões de euros. Numa base comparável (like for like), as vendas da cadeia Pingo Doce subiram 8,3% nos nove meses (e 11,7% no terceiro trimestre), em termos homólogos.

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