A BayWa r.e. candidatou-se à utilização exclusiva do espaço marítimo para o desenvolvimento de um parque eólico no mar com capacidade de até 600 megawatts (MW) ao largo de Viana do Castelo, anunciou a empresa alemã esta segunda-feira, 17 de outubro.
“A empresa candidatou-se oficialmente para garantir os direitos de utilização exclusiva do espaço marítimo, de forma a desenvolver um parque eólico flutuante com 30 turbinas e até 600 MW no total, numa zona especificamente designada para o efeito ao largo de Viana do Castelo”, disse a BayWa r.e. em comunicado, naquele que diz ser “o primeiro projeto eólico flutuante não subsidiado do mundo”.
A BayWa r.e. manifesta, assim, a sua intenção de desenvolver eólicas offshore em Portugal, independentemente das opções e condições que o Governo venha a definir para o primeiro leilão eólico offshore a decorrer em Portugal, o maior de sempre no País, que visa instalar até 10 gigawatts (GW) em capacidade e que acontecerá no próximo ano, de acordo com o calendário do Governo. O Executivo criou, em setembro, um grupo de trabalho para pensar o formato do leilão, áreas a explorar e pontos de ligação à rede elétrica.
“O projeto é compatível com os concursos de energia éolica marítima anunciados recentemente a serem realizados no futuro e pode servir como modelo para os projetos em licitação”, avança a BayWa r.e..
A empresa “pretende apoiar a criação de uma cadeia de fornecimento global de energia eólica marítima flutuante em Portugal, utilizando a infraestrutura local existente que os projetos a concurso poderão utilizar. Além disso, o projeto será realizado sem quaisquer subsídios públicos, com um acordo de compra de energia (power purchase agreement).”
Segundo Lorenzo Palombi, diretor global de projetos eólicos na BayWa r.e., citado no comunicado, “a zona onde o nosso parque eólico flutuante vai ser construído faz parte de um plano espacial marítimo do governo português, pelo que já tem uma zona dedicada”, avança.
Notícia corrigida às 21h10, esclarecendo que a BayWa r.e. tenciona desenvolver o seu projeto eólico de forma independente, e não ao abrigo do leilão que o Governo português venha a realizar.
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