Economia

Transtejo adjudica por 14,4 milhões de euros estações de carregamento da nova frota elétrica

Transtejo adjudica por 14,4 milhões de euros estações de carregamento da nova frota elétrica
D.R.

A Transtejo adjudicou à CME a construção de estações de carregamento para uma nova frota de navios elétricos. As primeiras embarcações elétricas da Transtejo deverão ser entregues até junho do próximo ano

A empreitada de construção e fornecimento de estações de carregamento da nova frota elétrica de navios da Transtejo já foi adjudicada pelo valor de cerca de 14,4 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a empresa.

Em comunicado, a Transtejo indica que a empreitada de “conceção/construção e fornecimento de estações de carregamento” foi adjudicada, na sexta-feira, ao agrupamento CME – Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. / Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos, pelo valor de 14.446.956 euros.

“Este fornecimento visa dotar os terminais fluviais do Cais do Sodré, Cacilhas, Seixal e Montijo de estações de carregamento de energia de terra para a nova frota de navios elétricos da Transtejo”, lê-se na nota.

Ainda de acordo com a empresa, o projeto insere-se no âmbito do “Plano de Renovação da Frota da Transtejo”, que inclui a aquisição de 10 novos navios elétricos, a aquisição e construção dos postos de carregamento e a respetiva manutenção.

Em agosto, a Transtejo anunciou que a entrega dos quatro primeiros navios da nova frota elétrica da empresa, que assegura ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, está prevista para o período entre dezembro deste ano e junho de 2023.

Em resposta a questões da agência Lusa, a administração da Transtejo-Soflusa explicou que dos 10 navios elétricos, que representam um investimento de 52,4 milhões de euros, quatro estão previstos ser entregues “entre dezembro de 2022 e junho de 2023”, outros quatro “chegarão até final do ano de 2023 e os últimos dois navios, que completam o projeto, serão recebidos em 2024”.

Segundo a empresa, a entrada ao serviço dos novos navios elétricos “ocorrerá após a sua chegada e a formação das respetivas tripulações”.

Em meados de outubro de 2020, a Transtejo tinha adjudicado ao estaleiro espanhol Astilleros Gondán, S.A. a aquisição de 10 navios totalmente elétricos, a partir de 2022.

O contrato para a construção das 10 embarcações, para reforçar a oferta de transporte fluvial na Área Metropolitana de Lisboa, foi assinado entre a Transtejo e os estaleiros espanhóis em janeiro de 2021, estando, inicialmente, previsto que pudessem ser entregues em abril de 2022.

Na altura, a empresa de transporte fluvial considerou tratar-se de um investimento "numa frota de navios ambientalmente sustentável, dotada de um sistema de propulsão 100% elétrico, com consumos energéticos inferiores aos dos navios atuais e sem emissões de GEE [em 2019, o consumo de gasóleo foi de cerca de 5,249 milhões de litros, correspondente à emissão de 13.122 toneladas de CO2]", indo ao encontro das políticas para a descarbonização.

Em 08 de outubro de 2020, o então ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que tutelava os transportes urbanos, destacava o transporte de "19 milhões de passageiros por ano movidos exclusivamente a eletricidade", o que constituía "a maior operação do mundo" deste género.

A Transtejo-Soflusa registou uma evolução positiva do número de passageiros transportados entre 2013 e 2019, passando de 15,2 milhões para 19,3 milhões, registando-se nos dois anos seguintes, marcados pela pandemia de covid-19, uma redução significativa: 10,7 milhões transportados em 2020 e 10,6 milhões em 2021.

A Transtejo assegura as ligações fluviais a Lisboa a partir de Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, enquanto a Soflusa liga o Barreiro ao Terreiro do Paço, em Lisboa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas