8 setembro 2022 8:45

luís faustino
Há pelo menos duas décadas que não se registava um aumento tão grande no valor dos descontos feitos por trabalhadores e empresas para a Segurança Social. Já o subsídio de desemprego está a recuar
8 setembro 2022 8:45
Os descontos das empresas e trabalhadores para a Segurança Social (SS) estão a bater recordes. Nos primeiros seis meses do ano chegaram aos cofres públicos €10,24 mil milhões em contribuições sociais, um crescimento de 12,9% face ao ano passado e que não encontra paralelo nas duas últimas décadas. A recuperação económica e o forte dinamismo do mercado de trabalho explicam boa parte deste crescimento e a redução das medidas anticovid é responsável por outra fatia.
A economia portuguesa chegou a junho com níveis máximos de emprego e níveis mínimos de desemprego. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre havia mais de 4,9 milhões de pessoas a trabalhar e 5,7% da população ativa desempregada — ambos os indicadores representam recordes desde pelo menos 2011. Mais contratos de trabalho e a subida do salário médio (no segundo trimestre era de €1439, mais 3,1% do que um ano antes) significam, além de mais descontos de IRS (cuja receita está a subir 12,3%), também mais contribuições para a Segurança Social.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.