Quase 17% - em concreto 16,7%. É quanto os produtos energéticos pesam no consumo famílias portuguesas que se encontram entre as 10% com menores rendimentos. Trata-se de um valor muito acima da média e que é mesmo um dos mais elevados entre as economias europeias analisadas no estudo "Surging Energy Prices in Europe in the Aftermath of the War: How to Support the Vulnerable and Speed up the Transition Away from Fossil Fuels", publicado recentemente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com a energia a impulsionar a escalada dos preços, as famílias portuguesas mais pobres estão entre as mais afetadas na Europa. Neste contexto, Portugal até se posiciona acima de muitos países europeus, em termos do custo orçamental da resposta à crise energética, aponta o mesmo estudo. Só que os apoios não estão direcionados para as famílias mais vulneráveis. Mais de metade do impacto nas contas públicas resulta de medidas para limitar a passagem da subida de preços nos mercados internacionais de energia para os preços de retalho, onde se destacam a descida do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), para travar a subida de preço nos combustíveis, ou o mecanismo ibérico para limitar o preço do gás e da eletricidade.
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